sábado, 5 de março de 2011

Mar de outono



E o outono chegou novamente, sem chuva e sem dias muito frios. O céu está de um azul esplêndido.

O mar, um complemento da beleza azul, de poucas ondas, às vezes manso e imenso, às vezes rebelde e tão próximo. A praia vazia cabe inteira no meu olhar. Alguns poucos a brincar com as ondas, sorvendo a sua grandeza.

Sento-me à sua frente sem desviar os olhos e consigo enxergar na sua infinitude os sonhos, os desejos escondidos, a fúria da passagem dos anos que leva de mim a vida e me deixa para trás no mais íntimo dos planos.

O mar de outono é um convite ao reencontro comigo mesma. É nele que deposito as aspirações mais profundas e vislumbro os meus caminhos, Encurto as minhas distâncias, viajo nas minhas alucinações, redescubro o tempo de recontar, refazer, recriar, recompor e voltar a sonhar na próxima primavera.

Por: Alice P. Guimarães
Floripa, 24/05/2009

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